A dedicação aos estudos é o segredo da excelência da terapia da mão, por Veruschka Savoldelli

“A terapia da mão me ensinou que a aprendizagem nunca para, ela precisa acontecer todos os dias. Por ser uma área de estudo ampla, as cirurgias, tratamentos, os protocolos de reabilitação, equipamentos, materiais, etc., mudam muito, se renovam e se desenvolvem rapidamente, isso nos exige muito estudo e atualização contínua”. É com o olhar atento à dedicação aos estudos que Veruschka Savoldelli começa essa conversa para quem quer ter sucesso na profissão.

Quando começou a trilhar sua carreira, há cerca de 18 anos, ela fez parte da 1ª turma de terapeutas ocupacionais de São Luís, no Maranhão. No entanto, a recém-formada Veruschka ainda sentia a necessidade de ter mais conhecimento para iniciar seus atendimentos. Foi na sua ida a São Paulo que uma nova etapa se iniciou. “Na primeira especialização em Reabilitação Neuromusculoesquelética, na Santa Casa de São Paulo, tive meu primeiro contato com a Terapia da Mão, mas foi em 2004, quando prestei a prova para o aprimoramento profissional em TO na traumato-ortopedia, no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e quando, no mesmo ano, fiz especialização em Terapia da Mão e dos Membros Superiores que, de lá para cá, nunca mais parei”, conta.

A terapeuta trabalhou por muitos anos em diversos hospitais, clínicas e centros de reabilitação, no Brasil e em Portugal e, atualmente, tem, junto com Larissa Barradas e Marília Trevelin, a Hamato Órteses e Reabilitação, localizada na região metropolitana de São Paulo. Com tantas experiências, Veruschka aprendeu uma lição importante para a sua vida profissional. “Não dá para achar que já sabemos tudo, sempre há algo diferente para aprender. A principal lição que levo da Terapia da Mão para a minha vida é que se quero resultados diferentes, não posso fazer sempre a mesma coisa, sempre do mesmo jeito. Estamos sempre em constante renovação e aprimoramento”, aponta.

A complexidade dos movimentos das mãos e as órtese como aliadas na reabilitação

O estudo da terapia ocupacional de forma geral já exige bastante dedicação, mas especialmente estudar os movimentos das mãos, com um número tão grande de funções que dependem delas, é muito necessário. “A quantidade de terminações nervosas, placas motoras e grupos musculares para realizar movimentos tão precisos é tão grande que protocolos específicos de reabilitação, técnicas e órteses também têm que ser especializados. Você consegue imaginar um pianista com uma lesão tendínea dos flexores tocando seu piano? Um tenista com uma lesão da fibrocartilagem triangular jogando uma partida de alto nível? Um operador de máquinas com um esmagamento da mão voltando a trabalhar? Ou você manuseando um celular com uma rizartrose? Pois é, são com casos como esses que a Terapia da Mão mostra a sua importância e o seu valor”, explica Veruschka.

Entre as ferramentas mais importantes da terapia da mão que auxiliam na recuperação de movimentos dessa região, estão as órteses. A profissional utiliza muito o recurso e fala aqui sobre quais modelos aplica mais em seus atendimentos. “Utilizo vários materiais da fabricante Orfit, mas um que mais se destaca na minha rotina clínica é o da Orfit Colors. Além de ter uma variedade de cores de brilhar os olhos, ele permite confeccionar órteses resistentes, leves, super confortáveis e de excelente acabamento aos contornos de arcos palmares e comissuras dos dedos, tanto em órteses menores, como dedeiras e abdutores de polegar, como em órteses maiores, como as de posicionamento de punho e órteses circulares. Outra placa coringa é a Orfit Eco. Usamos principalmente quando precisamos de máxima resistência, conforto e moldagem mais prática e rápida, como para os casos de pacientes neurológicos”, completa.

Veruschka vê tanta importância no trabalho com as órteses que insere na sua clínica uma programação de aulas que ensinam a confecção do acessório. “Além do trabalho focado em Terapia Ocupacional e Terapia da Mão, temos como objetivo, na clínica, promover o crescimento da profissão e o desenvolvimento de carreira de outros profissionais, através do curso Mãos à Órtese. Sempre tivemos um desejo de ensinar a prática de confecção de órteses de um modo diferente e inovador e, ao mesmo tempo, acompanhando os alunos durante a sua jornada de desenvolvimento dessa habilidade prática e de empreendedorismo, confeccionando órteses. E o Mãos à Órtese está sendo a realização desse projeto. Hoje, contamos com 3 turmas em andamento e virão muitas mais daqui por diante”, finaliza.

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