A terapia de mão que permite recomeçar, com Andressa Mildner

“Aprendi que um Terapeuta de Mão proporciona possibilidades onde, em muitas vezes, não se tem mais perspectivas”. A essência da profissão para Andressa Mildner está em ensinar alguém a recomeçar. Ela é terapeuta ocupacional, formada pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul desde 2009 e entende sua missão como gratificante. “É de grande satisfação permitir que uma pessoa que apresenta uma disfunção consiga retornar às suas atividades de autocuidado, produtividade e lazer”.

Depois de estagiar no Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre, em 2013, Andressa teve mais contato com a terapia de mão e pode aprender tudo na prática. A pós-graduação pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP somou às experiências e, hoje, ela tem seu próprio consultório na capital gaúcha.

A terapeuta fala para todos que querem ingressar na área o que aprendeu. Sua trajetória mostrou a ela a forma de enxergar os quadros que chegam até a especialidade da terapia de mão.

“Nossa atuação é específica e o olhar direcionado permite um atendimento diferenciado. Você deve estar atento a todo o processo de evolução de uma doença. Desde os momentos iniciais de um pós-operatório, por exemplo, em que você precisa entender os processos cicatriciais para prevenir qualquer limitação futura, até casos com deformidades já instaladas, em que é preciso, a partir do seu conhecimento baseado em evidências, escolher o melhor tratamento”, explica. 

Sobre órteses e outras ferramentas para um novo caminho

Andressa relata uma experiência clínica em que pode mudar, com uma ferramenta importante, a perspectiva de seu paciente, portador de um problema antigo. “Lembro de ter atendido um paciente adulto com sequela neurológica desde criança. Ele apresentava o punho em flexão e sem pinça funcional, ao posicionar o punho em formato neutro, conseguia realizar uma pinça fina (indicador – polegar). Confeccionei uma órtese modelo Orfit ECO 3.2mm, da fabricante Orfit, posicionando o punho em neutro, polegar em oponência e dedos livres. Com o alinhamento, o paciente conseguiu pegar objetos que nunca conseguiu segurar antes! Claro que teríamos um grande trabalho pela frente com o treino da órtese nas atividades de vida diária, mas, a cada semana, eu era surpreendida com um vídeo novo do paciente realizando as mais diversas atividades com a órtese”, comemora.

Além da Orfit Eco, ela aponta, como uma boa adepta ao uso de órteses, mais modelos que utiliza com frequência. “Os modelos da linha Orfiligth NS, por seu acabamento e sua modelagem e também porque os pacientes relatam satisfação com esse material. Utilizo para órteses pequenas, como no tratamento de rizartrose e até mesmo órteses grandes para cotovelo. Da mesma forma, utilizo muito a Orficast como alternativa para órteses de dedos”.

O acessório é realmente transformador e pode ajudar muito na reabilitação dos mais diferentes casos. Mas é preciso preservá-lo. Andressa dá algumas dicas. “No caso de algum imprevisto acontecer na hora da modelagem e o material grudar, antes de tentar separar as partes, coloco em água fria para, então, separá-las. Outra dica é fazer uma fricção com a tesoura no termoplástico onde o velcro será colocado para aumentar o atrito, além de aquecê-lo para garantir uma melhor aderência. E para a conservação, acompanho as órteses por um longo período. Muitos pacientes somente confeccionam órtese vindo em poucas sessões de atendimento, mas eu marco revisões ao longo do tempo para garantir que ela siga com seus objetivos”, finaliza.

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