O que Fernanda Pinheiro revela sobre os bons resultados das órteses na reabilitação de mão?
“O paciente que utiliza as órteses de forma correta e na hora certa apresenta resultados excelentes!”. Com essa afirmação, a terapeuta ocupacional especialista em reabilitação de mão, Fernanda Pinheiro, mostra o quanto o uso planejado e estudado dos termoplásticos é importante para a recuperação dos movimentos das mãos.
Formada em terapia ocupacional desde 2005 pela PUC-Goiás, a profissional percebeu, após uma afinidade pela especialidade, que poderia ter respostas positivas mergulhando nesse universo. “Durante minha graduação, a atuação da terapia ocupacional em ortopedia já me despertou interesse. Logo após o término do curso, busquei me aperfeiçoar em órteses e realizar estágios extracurriculares em terapia da mão. Hoje, as órteses são imprescindíveis no meu plano de tratamento“, aponta.
Após se tornar autoridade no assunto, a profissional ajudou a implantar o serviço de reabilitação de mão no Hospital Ortopédico de Goiânia, junto com o cirurgião Flávio Kuroki, local onde atua até hoje. “A especialidade permite um estudo aprofundado sobre anatomia, patologias que acometem todo membro superior, protocolos de reabilitação e confecção de órteses. Diante desses conhecimentos, podemos realizar tratamentos de forma específica e precisa, proporcionando resultados eficazes para nossos pacientes”, explica Pinheiro.
Como exemplo assertivo do uso de órteses, a terapeuta ocupacional fala sobre um caso que foi marcante dentre seus atendimentos. “Dou como exemplo um paciente do sexo masculino, de 35 anos, que teve uma lesão na zona v flexora. Ele recebeu uma órtese dorsal que foi confeccionada no pós-operatório e uma de suas funções era permitir a movimentação passiva precoce para evitar aderência cicatricial. Com 20 sessões, o paciente apresentava boa flexão dos dedos”.
Decisões na escolha e confecção da órtese
Nesse contexto, é importante destacar que a escolha do tipo de órtese impacta nos resultados do tratamento. A profissional aponta a que mais utiliza e porque prefere o modelo. “A Orfit Eco, nas versões lisa e perfurada, faz parte do meu trabalho diariamente. Ela possui boa resistência e permite um bom acabamento. É ideal para órteses dinâmicas e para imobilizar pacientes no pós-operatório de lesões como as tendinosas e nervosas”, explica.
A forma de confeccionar os termoplásticos também faz toda a diferença. Fernanda Pinheiro dá a dica de como realiza o trabalho para que ele fique funcional e esteticamente confortável. “Gosto de realizar todos os acabamentos e dobras das órteses antes de moldá-las na mão do paciente, acho que fica mais bonito e delicado”.
No entanto, para que o tratamento da reabilitação de mão esteja completo, é preciso olhar também para outros aspectos. “Oriento atividades e recursos de fácil acesso para que o paciente possa executar tudo em casa. Além disso, gosto de utilizar pomadas com anti-inflamatórios tópicos antes da termoterapia, isso ameniza bastante dores musculares. Em alguns casos, encaminho-os para tratamento psicológico e acupuntura”.
Pinheiro finaliza dizendo sobre como uma boa conversa entre profissional e paciente rende um melhor entendimento sobre cada caso e acrescenta valores para ambos. “Entendi que o conhecimento técnico científico me permite aplicar um plano de tratamento preciso e funcional ao meus pacientes, mas a relação entre terapeuta e paciente nos permite trocas de experiências de vida e muitas delas tento absorver e praticar no meu dia a dia”.