Os segredos do bom uso das órteses de mão, com Ana Paim

“O uso da órtese é uma ciência. Acredito que a formação, habilidade e experiência do terapeuta são essenciais. É de suma importância que ele consiga avaliar clinicamente seu paciente e compreender os conceitos biomecânicos envolvidos na confecção da órtese de mão”. Esse é o primeiro segredo que Ana Paim, terapeuta ocupacional especialista em reabilitação de mão, revela sobre a utilização correta e de resultados dessa ferramenta.

Formada em Terapia Ocupacional desde 2001, a profissional de Porto Alegre (RS) já teve experiências em centros de reabilitação, clínicas e hospitais no Brasil e em países como Argentina e Estados Unidos. Se especializou em cuidar de membros superiores e hoje é membro da Sociedade Brasileira de Terapia Da Mão (SBTM). Todo esse currículo fez Ana Paim entender e experienciar a importância das órteses no tratamento de lesões.

“Grande parte dos pacientes em atendimento precisa de algum tipo de dispositivo como auxiliar no processo de reabilitação. Dentre tantos casos, ilustro aqui o papel importante da órtese e do material termoplástico. O uso de órteses seriadas tem o objetivo de melhorar a amplitude de movimento articular”, explica.

Órteses de mão: dicas práticas de utilização

A confecção de órteses tem um papel importante na devolução de atividades básicas e práticas do dia a dia. Pessoas de todas as idades podem usufruir de seus benefícios. Paim dá o exemplo do que aconteceu com um de seus pacientes. “No caso de uma criança com fratura de cotovelo que precisava ganhar amplitude para sua extensão, o uso da órtese noturna auxiliou na aquisição do ângulo desejado. O material utilizado foi a linha Orfilight de 2.5 mm microperfurada, da Orfit, em uma abordagem ventral. Gosto desse modelo por conta do caimento, leveza e estética do produto”, aponta 

Ela relata que, nesse atendimento, um pequeno ajuste na órtese já permitiu melhorar, gradualmente, a amplitude de extensão do cotovelo. Os pais do paciente foram devidamente orientados quanto aos cuidados e uso da órtese e o material que permitiu os ajustes foi essencial no processo de sua recuperação.

Apesar de suas experiências e protocolos de sucesso, Ana Paim entende que cada profissional tem a sua forma de trabalhar. No entanto, a terapêuta reforça que o estudo e a constante atualização é o que fará qualquer tratamento dar resultados. “A prática diária nos traz aprimoramento na técnica de confecção das órteses e observo que cada um tem sua forma particular de fazer uma rotina na confecção. Para mim, funciona ter tudo organizado para facilitar meu processo, evitando, assim, desperdício de material e tempo. Mas se eu pudesse oferecer uma dica, seria: invista em uma boa formação e estude as indicações, princípios e conceitos”, finaliza.

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