Rosimeire Vollet e a empatia como palavra-chave para a reabilitação de mão

“O terapeuta ocupacional está lado a lado com o paciente, orientando e ajudando-o a superar dificuldades e incertezas”. É assim que a terapeuta ocupacional Rosimeire Vollet define a sua atuação profissional e a de tantos colegas. Desde 1996 trabalhando com a terapia ocupacional, ela percebeu isso ao ingressar, como voluntária, no auxílio a pessoas com a necessidade da reabilitação de mão. A importância das mãos é enorme e pacientes com esse problema precisam de muito apoio para recuperarem a força de vontade. “A mão é essa poderosa e versátil parte do nosso corpo. Ela é capaz de nos permitir manipular pequenos objetos com grande precisão e nos diferencia de todas as outras criaturas do planeta”, explica.

Isso ficou mais forte após Rosimeire concluir a pós-graduação em Reabilitação do Membro Superior e na Terapia da Mão pela Faculdade de Medicina da USP, em 1999. E aí, não só a empatia, mas também a precisão técnica foi acrescentada a sua fórmula de atendimento. “A mão tem um dos arranjos de músculos mais complexos do corpo. O profissional especialista tem uma visão ampla e detalhada no que diz respeito à sua funcionalidade, realizando uma avaliação padronizada e específica. Além disso, é preciso priorizar e traçar um plano de tratamento ideal para alcançar a máxima recuperação funcional do paciente”, aponta.

Hoje, trabalhando na cooperativa do Núcleo de Atendimento Multidisciplinar da universidade, a terapeuta ocupacional aplica técnicas de terapia e reabilitação do membro superior, além de confeccionar órteses de acordo com a real necessidade de cada paciente, “respeitando a biomecânica, além do maior conforto possível”, completa.

Órteses como peças-chave na reabilitação de mão

O uso de órteses para a terapia de mão é imprescindível. A ferramenta faz toda a diferença no processo de recuperação do paciente, mas é preciso saber indicá-la. E a empatia nesse contexto deve ser direcionada ao conforto e individualidade de cada organismo. “A órtese representa um valioso recurso terapêutico, mas o uso dela deve ser respeitado de acordo com a indicação médica, moldagem satisfatória e aceitação do paciente. Utilizo os mais variados tipos de órteses, desde digitais até axilo-palmares, pois diante de traumatismos ou não-traumatismos de mão, há uma diversidade de posicionamentos e angulações articulares que permitam a melhor recuperação possível”, informa Rosimeire.

A profissional opta pelos materiais termoplásticos da Orfit porque, segundo ela, as órteses, sobretudo, proporcionam bons contornos e estética satisfatória. “As placas da Orfit, principalmente a Orfit Colors, permitem um acabamento perfeito! Além disso, com elas, não é necessário pressionar o material contra o membro do paciente, o que, muitas vezes, provoca desconforto e estética ruim. Outros modelos indispensáveis na minha prática clínica são Orfit Eco, porque proporciona maior resistência, e Orficast, porque permite maior conforto e praticidade”.

A profissional conta uma história de sucesso que envolve conhecimento técnico, uso de órteses e sensibilidade para conseguir reverter um quadro de cirurgia. “Um paciente foi encaminhado por um médico especialista em Cirurgia da Mão para que eu o preparasse para uma possível cirurgia secundária, chamada tenólise. A necessidade veio decorrente de uma complicação pós-operatória. Ele apresentava aderência cicatricial e rigidez articular em alguns dedos de sua mão dominante, o que gerava grande déficit funcional. Confeccionei uma órtese estática seriada para ganho gradativo de extensão e uma órtese dinâmica para ganho de flexão, elas deveriam ser usadas dentro de um programa diário. O resultado disso, associado a técnicas específicas de reabilitação, foi o retorno funcional do membro e a intervenção cirúrgica não foi necessária”, comemora Rosimeire.

No entanto, todo o aparato técnico e científico da terapia ocupacional e da reabilitação de mão não consegue agir sozinho. O profissional deve considerar a realidade do paciente e o que ele sente nesse momento de fragilidade. “Acredito que, mesmo diante de todo conhecimento adquirido durante todos esses anos, não podemos deixar de lado a expectativa real do paciente. É preciso estabelecer, juntamente com ele, critérios e técnicas de reabilitação condizentes com o seu quadro evolutivo, por meio de orientações sobre um programa diário a ser executado. Muitas vezes, nossa expectativa profissional não é a mesma do paciente, é preciso que haja coerência, sensibilidade e ética”, finaliza.

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