10 dúvidas frequentes sobre órteses dinâmicas e aplicação de força

As órteses para mobilização são comumente usadas em intervenções de terapia de mão para substituir os músculos enfraquecidos ou ausentes ou para aplicar força ao tecido rígido e articulações para recuperar o movimento da articulação passiva. As órteses que usam muita força podem causar lesões às estruturas corporais, resultando em dor e edema. Pouca força também não atingirá os objetivos desejados da intervenção.

Dr. Paul Brand identificou as 10 principais dúvidas na hora de aplicar uma órtese de mobilização em uma articulação específica:

1. Quanto de força?

2. Por qual superfície?

3. Por quanto tempo?

4. Em qual estrutura?

5. Com qual alavancagem?

6. Contra qual reação?

7. Com qual finalidade?

8. Medido em que escala?

9. Evitando quais danos?

10. Por quais sinais?

O capítulo original do Dr. Brand no clássico “Rehabilitation of the Hand: Surgery and Therapy” foi atualizado e revisado na 6ª edição de “Rehabilitation of the Hand and Upper Extremity”. Um breve resumo do conteúdo deste capítulo esclarecedor em relação a cada uma das perguntas acima segue aqui, traduzido em português, mas é altamente recomendável que se leia o capítulo inteiro para uma maior compreensão e entendimento do tema.

1. Quanto de força?

De acordo com os autores, foi sugerido utilizar entre 100 e 250 gramas de força num dedo individual. Um método rápido e fácil para medir a força é usando um medidor Haldex. Coloque o dedo do paciente na dedeira com a órtese no lugar correto e deixe que a faixa ou o fio elástico segure a tensão pretendida no segmento do dedo. Meça o comprimento do fio elástico sob essa tensão. Em seguida, retire a dedeira do dedo do paciente, estique o fio no mesmo comprimento e meça a tensão com o medidor Haldex. Faça os ajustes conforme necessário.

2. Por qual superfície? 

Na maioria das vezes, os terapeutas ocupacionais aplicam força na órtese da mão usando dedeiras ou anéis. Se a pressão for muito grande, a pele por dentro da dedeira mostrará sinais de vermelhidão e o paciente poderá reclamar de desconforto. Certifique-se de que a área da dedeira seja suficientemente larga para distribuir esta pressão, especialmente se a pressão for aplicada continuamente. O tamanho da dedeira deve ser de 4 cm2 com 200 gramas de força. Se a dedeira for usada de forma intermitente, a pressão não causará danos ao tecido. Faça com que o paciente use a dedeira por um curto período de tempo e verifique se a pele apresenta vermelhidão.

Certifique-se de que a dedeira esteja bem encaixada embaixo do dedo – dedeiras termoplásticas que são feitas sob medida para cada dedo específico irão distribuir a pressão mais uniformemente do que outros tipos de dedeiras.

3. Por quanto tempo?

A melhor maneira de alongar os tecidos tensionados é mantê-los em um estado de tensão suave por um longo período de tempo. Para melhores resultados na remodelação do tecido, o ideal é que a órtese seja usada 24 horas por dia. A remodelação do tecido requer menos força do que pensamos, mas por períodos mais longos do que a maioria de nós permite. Desenvolva um cronograma de uso com o seu paciente que maximize o tempo na órtese.

4. Em qual estrutura?

O tecido-alvo deve ser identificado, quer se trate de pele tensionada, ligamentos tensionados ou tecidos aderidos. Verifique se é um tecido que pode ser afetado pela tração de uma órtese de mobilização. Se parecer que há um bloqueio ósseo ao movimento ou uma articulação com uma extremidade muito rígida, uma órtese pode não ser a intervenção mais eficaz ou útil.

5. Com qual alavancagem?

É útil pensar em termos de braços de alavanca e o eixo de articulação como o fulcro quando se constrói uma órtese. Queremos que o braço de alavanca seja o maior possível para aplicar a força em uma estrutura tensionada.

O termo “vantagem mecânica” refere-se à relação entre o comprimento da alavanca através do qual a força é aplicada e o comprimento da alavanca através do qual a força é entregue. Pense em uma faixa colocada sob a falange proximal para estender a articulação MCF do dedo indicador versus uma faixa colocada sob a falange distal para fazer a mesma tarefa. A proporção deve estar entre 2:1 e 5:1. O comprimento do dedo é usado para aplicar a força e metade da espessura do dedo é usada para entregar a força.

6. Contra qual reação?

Ao colocar força para cima em uma parte da mão em uma órtese, estamos também colocando força na mão para baixo. Lembre-se sempre de estabilizar a articulação proximal com moldagem suficiente e conformabilidade na órtese de modo que a borda proximal esteja estável e em contato total com a extremidade.

7. Com qual finalidade?

Lembre-se de definir claramente os objetivos da órtese de mobilização a fim de determinar a sua eficácia ao longo do tempo. 10 graus de aumento da amplitude articular passiva é um sinal de que a órtese está fazendo seu trabalho.

8. Medido em que escala?

Enquanto que, para muitos terapeutas, a amplitude de movimento ativa e passiva são as medidas mais importantes para orientar a intervenção ortótica, deve-se adicionar uma escala funcional para avaliar as limitações do paciente em AVD e atividades de trabalho/lazer para determinar os verdadeiros benefícios desta intervenção ao longo do tratamento.

9. Evitando quais danos?

Assim como com outras intervenções terapêuticas, tome cuidado com a avaliação tecidual. Uma órtese fabricada para ganhar movimento passivo em uma articulação tensionada pode, na verdade, causar uma lesão, criando muita pressão e levando a uma inflamação desnecessária, dor, entre outras complicações. Monitore cada paciente e órtese de mobilização cuidadosamente e regularmente.

10. Por quais sinais?

Embora talvez, hoje, não seja realizado tão rotineiramente como desejado, Dr. Brand anteviu que os terapeutas iriam monitorar o edema e a temperatura da pele da mão regularmente para avaliar a reação dos tecidos e a saúde celular. As áreas quentes indicam inflamação e as temperaturas mais baixas com inchaço indicam inatividade. Certifique-se de avaliar a pele do seu paciente para áreas de vermelhidão, irritação da pele e de tecidos e inchaço.

Dynamic Orthoses and Force Application 4

A Efectiv oferece aos terapeutas ocupacionais várias opções para a confecção de órteses de mobilização

Coloque um Ajustador Orfitube na órtese usando calor seco em ambas as partes. Prenda o Orfitube no lugar com uma chave Allen pequena. É fácil ajustar o ângulo e a direção da linha de tração girando o Orfitube ou puxando-o um pouco para fora do Ajustador. Passe a dedeira através do Orfitube e ajuste a tensão conforme descrito.

O sistema Dynasyst tem tudo que você precisa em ganchos para dedo, além do mais, você terá vários Orfitubes extras para a sua próxima órtese. Você também poderá adquirir três tipos de fios elásticos com forças diferentes.

Experimente a linha de órteses para punho enfraquecido, usando as molas pré-enroladas da Orfit de órteses dinâmicas para extensão de punho. Nós também oferecemos fios pré-enrolados em diferentes variações e tamanhos para uma variedade de aplicações.

Dynamic Orthoses and Force Application 5

Crie a órtese de mobilização mais adequada para seu cliente, combinando seus conhecimentos clínicos com nossos materiais termoplásticos e acessórios. Para conhecer e adquirir o sistema Dynasyst, clique aqui.

(Texto traduzido do blog da Orfit,  baseado em Krotoski JB, Breger Stanton D. The Forces of Dynamic Orthotic Positioning: Ten Questions to Ask Before Applying a Dynamic Orthosis to the Hand. In Skirven, T. M., Osterman, A. L., Fedorczyk, J., & Amadio, P. C. (2011).Rehabilitation of the hand and upper extremity, 2-volume set: expert consult. Elsevier Health Sciences.)

 

/home/b/blogefectiv/www/wp-content/themes/solana/page.php