A vivência na pele da importância da órtese de mão: a história de Vera Lehm

Em 2012, após uma queda de bicicleta, a então técnica de enfermagem Vera Lehm sofreu uma fratura exposta dos ossos do antebraço direito. Ela precisou passar por uma cirurgia e, no pós-operatório, percebeu que não conseguia fazer a extensão do punho e dedos. Foi diagnosticada pelos médicos com neuropraxia do nervo radial. Após um bom tempo sofrendo as consequências do problema, ela percebeu que precisaria buscar conhecimento sobre reabilitação de mão e órteses. Acabou se formando em terapia ocupacional e se apaixonando pela profissão.

“Foram seis meses de muita angústia e aflição com perda da capacidade funcional da mão dominante. Para completar, não havia um profissional experiente ou especializado na reabilitação da mão na cidade. Nessa época, eu trabalhava em um hospital público e minha profissão era técnica de enfermagem, instrumentadora cirúrgica em traumato-ortopedia e técnica de imobilização. Como se fazia necessário usar uma órtese para manter o punho em leve extensão, usava uma tala gessada. Entretanto, a mesma era desconfortável e pesada para realizar, principalmente, as atividades básicas e produtivas como: tomar banho, escrever, pentear o cabelo, cortar alimentos e ainda deixava um cheiro desagradável na mão. A partir daí, comecei a pesquisar qual o curso de graduação era focado na reabilitação da mão. Descobri a minha paixão pela Terapia Ocupacional e Terapia da mão”, relata.

A experiência fez Vera dedicar toda sua vida a estudar esse segmento da reabilitação e entender quais técnicas são as ideais para devolver o movimento das mãos. “Gosto de citar o Homúnculo de Penfield e destacar a importância da representatividade da mão sensitiva e motora neste esquema. E para que ela adquira essas suas funções, gosto de ensinar aos clientes técnicas específicas. São elas: terapia do espelho, reeducação sensorial, reeducação motora, além da aplicação de órteses e suas infinidades de propostas, associadas a outras técnicas ou isoladas, para que o paciente adquira ou reaprenda suas habilidades manuais”, explica.

 

Órteses de mão como auxiliares versáteis

 

Sobre o uso de órtese, a profissional adota algumas medidas para escolher a mais adequada para cada caso. “Antes de decidir qual o melhor material, avalio alguns quesitos como complexidade, espessura, durabilidade, plasticidade, memória, acabamento e finalidade”, aponta. Entre os modelos mais utilizados por ela em sua clínica, estão a Orficast de 6cm para pequenas articulações e para slings; Orfit Ease , órtese progressiva para mão e cotovelo e, para Vera, “sua memória, manejo e acabamento são excelentes!”; a Orfit Eco , que é preferida por sua rigidez, espasticidade e durabilidade; e a Orfit Colors 2mm que, segundo a terapeuta, devido as suas cores inovadoras, “é diferenciada, principalmente, para clientes exigentes quando o quesito é estética. Utilizo para órteses faciais e osteoartrose das mãos, principalmente para o polegar”.

Na hora de confeccionar as órteses, é preciso não só escolher o material ideal para os diferentes tipos de situações, como também ter conhecimento sobre acessórios e macetes para construí-las da melhor forma. Vera aponta componentes da linha Dynasyst como Orfitube Ajustador, Orfitube Ends e Orficast como agentes facilitadores da confecção mais rápida, mais leve, confortável e com um bom design. “Uma dica que compartilho: nunca esqueçam que, após inserir Orfitube no ajustador, o próximo passo é colocar o Orfitube Ends antes de finalizar o elástico de tração no sling. Pois uma vez esquecido, terás um trabalho dobrado. Principalmente se sua órtese tiver vários Orfitubes para refazer. Outra dica importante é o uso do Orfitube Ends no acabamento, a fim de evitar atrito direto do elástico no Orfitube e, assim, podendo romper com mais facilidade o elástico”, finaliza.

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