Planejamento para o sucesso da terapia de mão com Regyane Costa

“O trabalho do terapeuta da mão ultrapassa o fortalecimento e ganho de amplitude de movimento para somar-se ao desenvolvimento funcional e ocupacional na vida diária e prática do paciente”. Na visão da terapeuta ocupacional, Regyane Costa, esse é o grande propósito da terapia de mão. Mas, para alcançar essa completude no tratamento, é preciso dedicação e muito planejamento.

Terapeuta ocupacional, especialista em terapia de mão e membro superior pela Faculdade de Medicina da USP desde 2002, coordenadora da pós-graduação em terapia de mão da UNIFESP de 2010 a 2013 e atual membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Terapia de Mão, Regyane acumula experiências e ensinamentos sobre o tema. Ela sabe que é preciso empenho do profissional para que o dia a dia de quem necessita desse serviço seja impactado.

“Para ser T.O. e T.M. é preciso ter gás, buscar insights para fazer o melhor para os nossos pacientes. É preciso evolução contínua. A terapia da mão oferece uma ampla gama de possibilidades de técnicas de tratamento.

Tais técnicas, associadas a recursos específicos e combinadas com a interação cirurgião/terapeuta da mão, levam a um resultado funcional pós-operatório mais precoce e otimizado”, explica a especialista.

Planejamento certo com órteses de mão

De acordo com a profissional, para obter resultados satisfatórios com todos os recursos disponíveis para o tratamento com a reabilitação de mão, é essencial realizar um planejamento após a avaliação do caso do paciente.

Nesse momento, a escolha das melhores ferramentas de trabalho fazem parte dessa organização. Entre as mais importantes estão as órteses de mão.”Não consigo imaginar a reabilitação das lesões dos nervos periféricos sem órteses. Elas desempenham um papel importante na reeducação motora do paciente, evitando movimentos compensatórios, estiramento da musculatura antagonista, permitindo um reequilíbrio muscular no momento do treino funcional, além de evitar contratura articular”, enumera Regyane.

No entanto, segundo ela, antes de confeccionar uma órtese confortável e bonita, é necessário saber escolher o seu material. “Faça um planejamento, e, principalmente, leve em consideração os princípios fundamentais para a sua construção, como: a anatomia, a biomecânica, a física e os aspectos fisiopatológicos de cada lesão, evitando o agravamento da deformidade e a diminuição da função do paciente”.

Regyane aponta os seus modelos de órteses preferidos e dá algumas dicas de confecção. “Utilizo a Orfit Colors 2.0mm, Orfilight 2.5 e Eco 2.4-3.2mm, da Linha Orfit. Gosto do caimento, da leveza, do conforto e da estética que esses materiais proporcionam. É importante também que o terapeuta fique atento à temperatura da água para que ela não interfira na propriedade do material escolhido. As órteses da linha Colors, por exemplo, requerem uma temperatura entre 70ºC e 75ºC, enquanto as da linha Orfilight devem estar entre 80ºC e 85ºC”, indica.

Mas apesar de todo o planejamento, é claro que o corpo humano não uma é uma ciência exata. Por isso, é preciso estar preparado quando tudo não sai conforme o planejado. Para Regyane Costa, a resiliência é a palavra chave. ” A terapia da mão nos mostra que não podemos esperar as condições ideais para realizar o tratamento, então é preciso ir para a prática com responsabilidade e ajustar as estratégias durante o caminho”, finaliza.

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