As grandes transformações que a terapia da mão realiza, com Fernanda Touron

“O terapeuta da mão consegue focar nos mínimos detalhes durante a terapia e o processo de reabilitação do paciente. Seja nos exercícios para melhorar a amplitude de movimento, ganho de força, diminuição de edema, cuidados na cicatrização, diminuição de cicatrizes, melhora da dor ou da sensibilidade e, assim, reestabelecer a função da mão”. É assim que Fernanda Touron, terapeuta ocupacional e especialista em terapia da mão define a importância do seu trabalho e do ofício de sua classe. Ela acredita no papel fundamental que esses profissionais têm na recuperação de pacientes e na grande transformação que a prática realiza. “Olhando todos esses pontos, acredito que o processo de reabilitação se torna muito mais rápido e efetivo”, completa.

Desde os tempos da universidade, Fernanda já se interessava pela terapia da mão e enxergava na área uma oportunidade de construir sua carreira. “Terminei a faculdade em 2012 e, assim que me formei, fui pra área de reabilitação neurológica e de mão. Nessa época, já comecei a fazer algumas órteses e cursos de confecção e, em 2014, entrei em um hospital onde atendia somente casos ortopédicos, traumatológicos e pós-operatórios imediatos. Aprendi bastante com a prática e logo iniciei a especialização em terapia da mão no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Nunca mais saí da área. É minha verdadeira paixão!”, conta.

Fernanda escolheu a terapia da mão como especialidade porque entendeu a diferença que cada detalhe da prática faz na vida de quem passa pelo tratamento. “Aprendi a ressignificar a importância da mão no dia a dia e na vida. O quanto a limitação de movimento, a dor e a perda de força podem interferir na execução das nossas atividades e na nossa função, por mais básicas que elas sejam e também o quanto isso interfere diretamente na nossa autoestima e na nossa saúde mental”, explica.

Órtese: o acessório mais do que necessário

Quando o assunto é transformação, as órteses de mão são exemplos de coisas simples que podem obter grandes resultados. “Sempre digo que a órtese é uma ótima aliada na reabilitação. Seja para melhorar a dor ou pra ajudar no ganho de amplitude de movimento. Durante todo esse tempo de atuação na área, pude acompanhar muitos pacientes que relataram melhora da dor e, assim, consequentemente, melhora da função após o uso da órtese”, comenta.

Os problemas que podem ser tratados com elas são muitos e Fernanda fala um pouco sobre eles. “As órteses podem ser tratamento conservador de doenças como tendinite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, rizartrose, etc. Nesses casos, são usadas com o objetivo de estabilizar a região que está afetada e assim promover o alívio da dor naquela região”, explica.

Um caso em especial em que a órtese foi essencial em atendimentos realizados por Fernanda ocorreu com um paciente de lesão do plexo braquial. “Ele já estava fazendo terapia há bastante tempo e apresentava déficit de extensão de punho e dedos. Quando chegou até mim, fiz uma órtese dinâmica. Em menos de 3 semanas, o paciente apresentou movimento ativo para extensão de punho total e parcial em dedos. Esse caso me marcou muito, pois pude ver o quanto a órtese é importante e faz muita diferença no processo todo da reabilitação”, comemora.

A terapeuta aproveita o tema e aponta as linhas de órteses que estão entre as suas preferidas. “O termoplástico que eu mais utilizo no momento é o Orfilight, da Orfit, nas cores azul e preta, principalmente para ortopedia. Ele é leve, confortável, bonito e tem um acabamento maravilhoso. Sempre acaba sendo escolhido pelos pacientes. Ultimamente, tenho usado bastante a linha Orfit Eco para órteses dinâmicas e a Orficast para fazer, principalmente, o modelo de Rizartrose (estabilizador de polegar). Ela é um pouco mais maleável e é super confortável”, finaliza.

/home/b/blogefectiv/www/wp-content/themes/solana/page.php