Empatia, observação e conhecimento: as lições que Débora Machado aprendeu com a terapia de mão

Empatia, observação e conhecimento. Esses são os principais sentimentos que guiam a terapeuta ocupacional e especialista em terapia de mão, Débora Machado, em sua profissão. Ao ganhar experiência com a reabilitação de membros superiores, ela entendeu o quanto essas 3 palavras são importantes para o seu trabalho. Quando estava nas suas primeiras formações, precisou assumir o compromisso com cada uma delas para ser bem sucedida na modalidade que escolheu para atuar. Principalmente por conta dos primeiros locais que deram o pontapé à sua carreira e à sua vida acadêmica. 

“Conheci a Terapia de Mão quando comecei a trabalhar no Lar Escola São Francisco, em São Paulo (braço da AACD que abriga os programas de inclusão social da instituição e realização de pesquisas clínicas). Logo em seguida, uma grande amiga me avisou que a Unicamp tinha aberto inscrições para a especialização. Eram duas vagas e consegui uma delas. Naquela época, o programa era semelhante a uma residência”, conta.

A importância da especialização para ela, a propósito, além de ser fundamental para permitir que pequenos movimentos perdidos pelas mãos e que estão presentes em atividades do dia a dia sejam retomados, é o contato com quem tem muita experiência para compartilhar. “Penso que a especialização nos conduz ao caminho do sucesso em nossas condutas. O conhecimento permite proximidade com os cirurgiões e melhor raciocínio clínico”, explica.

A observação é também parte essencial para a realização das atividades exigidas pela terapia de mão. Ficar atenta a como as órteses de mão, ferramentas indispensáveis para a recuperação de lesões na região, se adaptam a cada anatomia é o que Débora faz constantemente em sua rotina. “As órteses colaboram muito para, por exemplo, a rizartrose. Elas mantêm a região metacarpofalangeana em repouso para que o terapeuta realize o fortalecimento da musculatura estabilizadora do polegar após esse período”, explica.

Os modelos de órteses preferidos da terapeuta são a Orfilight NS e a Orficast, da fabricante Orfit. “São leves, proporcionam conforto para o paciente e facilidade de modelagem pelo terapeuta. Observei que é essencial respeitar a temperatura de cada material e proteger os pontos de pressão com massinha antes de modelá-las”.

O que resume todas essas competências técnicas de excelência que Débora faz uso é uma palavra que anda no campo dos sentimentos: a empatia. Para ela, olhar para quem está sendo atendido com atenção e cuidado é o grande diferencial de profissionais da especialidade. “A Terapia de Mão ressignificou o meu lugar na profissão. Aprendi que posso fazer a diferença na vida de quem eu atendo. As lições que levo para a minha vida: É necessário ter empatia. A dor do outro importa. O ser humano vive em constante adaptação. O conhecimento transforma”, finaliza.

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