As infinitas possibilidades das órteses de mão, com Patricia Romano

“Com o conhecimento técnico científico que a terapia de mão me proporcionou, consigo entender como usar as órteses em cada caso, respeitando a anatomia do membro a ser reabilitado. Além disso, entendi que posso usá-las, em suas infinitas possibilidades, nas adaptações como recurso terapêutico”. Este foi o ensinamento que a terapeuta ocupacional Patricia Romano vem levando para toda sua vida profissional sobre as órteses de mão.

Trabalhando com T.O. desde 2004, percebeu nessa época que precisava conhecer mais sobre a Terapia da Mão. “A mão é um dos mais complexos aparelhos motores do corpo. Por isso, necessitamos estar em constante formação e aprendizado, estudando as muitas técnicas e recursos terapêuticos que podemos usar ali”, aponta.  

Depois de se especializar na modalidade pela Unicamp, Patricia conheceu os termoplásticos da Orfit. Ela conta que “em meados de 2013, me aperfeiçoei muito mais em órteses, pois o material é fantástico e me dá mil possibilidades de confecção. Atualmente, trabalho em uma clínica de T.O. que atua com outras especialidades. Isso me possibilita usar as órteses tanto na ortopedia e reumatologia quanto na neurologia”.

A escolha da órtese de acordo com cada caso

Com tantas possibilidades, é preciso ter conhecimento para escolher a melhor órtese para utilizar. Patricia explica que a forma ideal para escolher é estudar caso a caso. “Avalio sempre a situação do paciente antes de confeccionar a órtese. A espessura, a memória e a finalidade da órtese vai depender dessa análise”. Falando em modelos, a terapeuta opta pelas linhas Eco, Orficast e Colors da Orfit. “A que mais utilizo em casos ortopédicos e reumatológicos é a Colors. Gosto do acabamento refinado que consigo com ela e também por ter várias cores (os pacientes amam!). Em casos neurológicos, utilizo mais a Eco. Atualmente, conheci a placa Crystal e ainda estou me adaptando a ela para alguns casos”.

Ela relata um caso que marcou sua carreira e que pode ilustrar como as órteses podem trazer resultados satisfatórios. “Atendo muitos casos de rizartrose, mas houve um que me marcou muito: uma mulher de 40 anos, profissional de estética, com rizartrose grau I. Confeccionei uma órtese com a Orfit Colors para uso noturno, pois, de dia, ela utilizava luvas cirúrgicas e a órtese limitava um pouco o movimento, mas, apesar disso, trazia conforto e repouso. Após conhecer melhor a paciente e seu caso, entendi que a correção deveria ser feita na forma como ela utilizava o polegar. Confeccionei outra menor com a Orficast e, assim, ela pôde utilizá-la com as luvas cirúrgicas. A paciente ficou super feliz, pois não sentia mais dor no trabalho!”, conta.

A confecção das órteses é uma das partes mais importantes do trabalho do terapeuta de mão. Então, é importante que ela seja feita de forma dedicada. Patricia dá algumas dicas de como ela realiza as suas montagens. “Não basta somente confeccionar a órtese com acabamento perfeito. Ela precisa ser confortável ao paciente e ter vida útil enquanto ele a necessitar. Por isso, temos que saber orientá-lo quanto a forma correta de utilizá-la. Minha dica é fazer essa orientação em relação aos cuidados por escrito, de forma bem detalhada, por exemplo, sobre a limpeza, para que evite deixar em contato com o calor, etc. Tenho outra dica: na hora da confecção, utilizar sempre um velcro de qualidade e, antes de colar, raspar um pouquinho o termoplástico e aquecer a cola do velcro. Isso faz diferença no tempo útil da órtese”, finaliza.

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