Por Patricia Toni
“A nossa vontade de cuidar vem junto com a de criar. Cada um tem uma história e nós vamos trabalhando com as suas particularidades. Por isso, somos Terapeutas Ocupacionais!”. É assim que a terapeuta ocupacional Daiene Dalla Pria, na profissão há 16 anos e especialista em terapia de mão, explica como atende aos seus pacientes. Ela entende cada ser como único, cria um tratamento específico para cada um e, por isso, faz o uso constante das órteses e órteses de mão, ferramentas que são a essência da terapia personalizada.
Na opinião de Daiene, o que faz o terapeuta ocupacional buscar essa forma de atendimento exclusiva é a experiência. Mas ela, em especial, sempre teve vocação para esse tipo de trabalho. Desde que decidiu pela terapia ocupacional, percebeu suas afinidades. “Achei que tinha mais meu perfil, uma profissão com possibilidade de criar e fazer algo mais interessante como as confecções de adaptações e órteses. E com um tempo de profissão, a nossa percepção e sensibilidade ficam melhores”, aponta.
E é essa sensibilidade que faz a terapeuta ver as órteses além da sua funcionalidade primária. Trabalhando com confecções e precisando observar cada detalhe da vida de seus pacientes, Daiene percebeu que são as pequenas coisas da vida que devem ser consideradas como importantes. “O mais legal é que, às vezes, algo muito simples como fazer uma orientação ou criar adaptações vai proporcionar mais qualidade de vida para os pacientes. Para quem tem todos os movimentos, não faz diferença, mas pra quem não tem, vira ouro!”, destaca.
O uso da órtese na prática!
Daiene defende o uso de órteses para seus pacientes porque sabe que, além de benéficas, elas são confortáveis e podem deixar o tratamento mais leve. “Ao mostrar a tecnologia da memória do produto para meus pacientes, colocando o material na água e mostrando suas especificações, brinco, dizendo: É como os chocolates Belga, depois que você come, não quer outro!”, descontrai.
Mas quem aproveita de verdade todos os benefícios das órteses é o público infantil. Os pequenos aceitam com muito mais naturalidade a customização das órteses. “Acho que as crianças são as mais beneficiadas! Além dos pais conseguirem fazer uma higienização melhor, evitando alergias e coceiras, para o terapeuta é possível fazer algo lúdico como personagens e laços com brilho. Com certeza, há mais adesão ao tratamento!”, completa.
Para a hora da confecção, a terapeuta tem suas ferramentas preferidas. Ela utiliza quase todas as linhas de materiais termoplásticos da Orfit, mas dá destaque para Orfit Colors, Orfilight, e Orfit Eco. No entanto, nada se resolve sozinho. Para um bom resultado, é preciso uma boa técnica de aplicação. Daiene desenvolveu a sua: “Gosto de cortar o modelo da órtese bem justo ao que vai ser modelado e usar um maçarico para dar acabamento. Isso diminui o tempo de confecção e não deforma o produto. Quando houver curativos práticos, os cubro com uma malha tubular antes para que não grude no termoplástico”, ensina.