Evory Moraes e a atenção como essência da terapia de mão

“Com a terapia da mão eu aprendi que devo estar sempre atenta e atualizada. Buscar por pesquisas e artigos fidedignos e entender que os protocolos são variáveis, por isso, é preciso atenção para saber quando avançar ou modificar, dependendo da fase do tratamento, é o que fica de lição”. Assim, a terapeuta ocupacional e terapeuta de mão Evory Moraes define o que a profissão significa para ela.

Ela se deparou com a especialidade quando recebeu sua primeira paciente de pós-operatório e, a partir daí, percebeu que o conhecimento e os olhos bem abertos fariam a diferença nos seus atendimentos. “O quadro clínico era de tenorrafia do tendão flexor, desde então, comecei a me interessar mais pelo caso, estudar, buscar as melhores soluções para o desfecho do tratamento e, inclusive, entrar em contato com a médica que o encaminhou”, conta.

Para Evory, o que é mais importante para o profissional da terapia de mão é estar seguro em relação às técnicas a serem utilizadas no processo de reabilitação. “O ideal é ter o real conhecimento das avaliações, da biomecânica, anatomia, protocolos, técnicas cirúrgicas, lançar mão da confecção de órteses e adaptações sempre que necessárias, de forma a traçar um plano de tratamento satisfatório e otimizado, devolvendo ao indivíduo o retorno a sua rotina”, explica.

A confecção das órteses de mão como forma de zelar pelo paciente 

A atenção que Evory proporciona aos seus pacientes não é só relacionada às técnicas da reabilitação de mão. Ela se preocupa com as pessoas. “Uma das minhas maiores lições é respeitar a dor do indivíduo durante todo o processo de tratamento, pois respeitar a dor do outro nos remete a um tratamento mais eficaz e seguro, assim, ganhando a confiabilidade do paciente”.

Respeitar o paciente na linguagem da terapia de mão é, entre outras coisas, confeccionar a órtese ideal para cada caso, considerando todos os aspectos. “Me lembro bem de um caso de fratura rádio distal, em que o paciente apresentou alergia ao material usado no pós-operatório. Ele foi encaminhado pelo médico para a possível troca de imobilização. Optei por uma imobilização circular com termoplástico Orfit Color NS 2.0mm e o paciente escolheu a cor cinza. Neste caso, o membro do paciente teve perda do edema residual poucos dias depois e, então, pude remodelar a órtese dele, pois o material permite essa praticidade”, relata.

A profissional conta porque opta, em grande parte das vezes, por esse modelo de órtese. “A que mais utilizo é a Orfit Colors NS 2.0mm., porque, além da opção de cores, ela tem um ótimo caimento e é a que permite maior possibilidade de variedade nos modelos, como, por exemplo, para imobilizações de fraturas do rádio distal, tratamento conservador de fibrocartilagem do triangular, dedo em gatilho, etc. Mas também gosto muito da Orfilight 2,5mm para órteses um pouco mais extensas”.

E o cuidado e a atenção também devem ser quesitos imprescindíveis na hora da confecção das órteses. Evory dá sua sugestão: “A minha dica para uma órtese confortável e bonita é que o profissional se atente a uma tesoura bem afiada e que a temperatura da água esteja em torno de 70 a 80°”, finaliza.

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