Cada paciente como único e especial na terapia de mão com Kamila Regolin

“Aprendi que todos os pacientes são individuais em suas funcionalidades do corpo, aspectos emocionais, de enfrentamento da vida ou nos traumas que estão passando. No meu ponto de vista, sempre temos isso a considerar quando escolhemos o manejo do tratamento”. É entendendo cada paciente como único que a terapeuta de mão Kamila Regolin constrói sua carreira.

A especialista defende que os quadros cuidados pela terapia de mão são os mais diversos porque esse recurso consegue enxergar a singularidade de cada caso. “O indivíduo pode retomar suas atividades laborais, de lazer, ter maior qualidade de vida, seja pelo aumento da função, manejo/diminuição de dor, seja pelo vislumbramento de seus potenciais funcionais e de possibilidades no seu dia a dia”, explica.

Essa importância dada às individualidades das pessoas que precisam da reabilitação de mão vem do histórico profissional de Kamila. Ela começou sua trajetória trabalhando na Oficina da AACD confeccionando órteses. O acessório é um símbolo de como é essencial observar os detalhes das práticas diárias das pessoas para montar o melhor modelo para cada um.

Hoje, Kamila escolhe quais órteses usar com base nesse discernimento. “Preferencialmente eu utilizo o modelo Orfilight, da fabricante Orfit, para pacientes em pós-operatório ou tratamento conservador de um trauma em que se usa as órteses por um período prolongado, por ser microperfurada (para ventilação da pele). Por outro lado, utilizo a OrfitEco para pacientes neurológicos ou para órteses maiores e/ou com necessidade de maior rigidez”, aponta.

A persistência como amiga da reabilitação 

Além do respeito às particularidades de seus pacientes, outra lição foi aprendida por Kamila Regolin em sua profissão. “Levo a lição da resiliência. Pacientes resilientes, costumeiramente na minha prática clínica, apresentam melhores resultados no tratamento e têm maior facilidade no processo como um todo”. 

E essa recuperação tão bem sucedida vem da mistura da perseverança de quem quer se recuperar, unida às técnicas e ferramentas que a terapia de mão traz. “Destaco casos meus de pacientes com neuropraxia de nervo radial, após fratura de úmero, que apresentam punho em flexo, sem conseguir ativação de extensão de punho e dedos. Isso prejudica muito a funcionalidade da região e a própria reabilitação pela dificuldade de movimentação. Eu costumeiramente confecciono uma “órtese para tenodese”, que favorece a extensão dos dedos do paciente, a neutralidade do punho e a extensão do punho com a flexão dos dedos. Além de possibilitar o uso da mão, essa órtese também otimiza o processo de reabilitação”, esclarece a terapeuta.

Kamila finaliza com uma dica para que as órteses tenham boa adaptação por parte dos pacientes e cumpram o objetivo de recuperar quem precisa. “Para quem busca sempre a excelência em seu trabalho, oriento não pesar muito a mão no material, orientar o corte da tesoura inclinando ligeiramente para dentro para não fazer aqueles famosos “bicos”, além de arredondar bordas e minimizar possíveis pontos de pressão que a abordagem da órtese possa causar”.


/home/b/blogefectiv/www/wp-content/themes/solana/page.php