Como Carla Tamanaga e a terapia de mão atuam no esporte?

​”Trabalhar com terapia de mão no esporte é muito gratificante! Eu sempre digo que trabalho com excesso de saúde e não com doença, por isso, tenho que ter outra abordagem”. Essa é a diferença da terapia ocupacional para atletas, segundo Carla Tamanaga, especialista em terapia de mão pela Universidade Federal de São Paulo e profissional do Centro de Referências em Ciências do Esporte do SESI de São Paulo.

Após um investimento do SESI focado em esporte, em 2008, Carla passou a ter mais contato com esse tipo de reabilitação. Equipes montadas para competir com a camisa da instituição surgiram e o trabalho ganhou enfoque específico. “Primeiro, chegaram os atletas do polo aquático, um esporte de muito contato físico e uma demanda muito grande de traumas em dedos, face e membros superiores. Em 2009, veio o time de vôlei masculino, esporte também com histórico de muitas lesões traumáticas na mão. Comecei a atender esses atletas e a desenvolver órteses para que eles pudessem retornar o mais rápido possível às suas atividades esportivas, com total segurança”, relembra.

A partir de então, as atividades da profissional são exclusivamente com esporte, desde a parte ambulatorial até o acompanhamento de treinos e competições e participação em reuniões das comissões técnicas de cada modalidade. “A terapia de mão é um serviço de muita importância dentro do esporte, principalmente para as práticas em que as mãos são os principais instrumentos de execução da atividade esportiva. Recebo alguns atletas com articulações dos dedos inchados e diminuição importante de amplitude articular. Tudo por falta de uma imobilização adequada, no tempo correto ou até mesmo por falta de reabilitação mais especializada como a terapia de mão”, aponta.

Mais segurança com as órteses de mão no esporte

Lesões no esporte são comuns, mas para que a reabilitação aconteça da forma correta, as órteses são essenciais. Carla tem as suas preferências em relação a órteses de mão, escolhas que se encaixam para atletas de alto rendimento. “Utilizo bastante a linha Orficast. Seu material, dependendo de como é feita a confecção, permite que o atleta treine e/ou jogue com a órtese em segurança. E para as máscaras de proteção facial e imobilizações em geral, uso a Orfit Colors NS. Elas têm um material de fácil modelagem, são confortáveis e têm as cores do nosso uniforme, preto e vermelho”, explica.

A profissional dá alguns exemplos de como a aplicação das órteses melhora na prática a recuperação de atletas lesionados. “O polo aquático é um esporte muito dinâmico e de contato físico. Por isso, os atletas sempre estão sujeitos a terem lesões traumáticas, como luxação e até mesmo fraturas. Atletas que antes sofriam algum tipo de lesão na região da face, podendo ser uma fratura de nariz ou do zigomático, teriam que ficar afastados dos treinos por semanas, dependendo do tratamento adotado. Atualmente, eles ficam afastados até a redução do edema local que dura alguns dias e logo eu confecciono uma máscara de proteção para que eles voltem aos treinos”.

Mas, além de todo o trabalho com a reabilitação, o esporte inspira e quem trabalha diretamente com ele tem influências positivas da prática, hábitos que vão para a vida pessoal. “Sempre gostei muito de estudar o esporte, seus gestos esportivos, as regras e tudo mais de cada modalidade. Esse trabalho me fez levar isso para a vida pessoal também. Hoje, treino corrida de longas distâncias, faço musculação e pilates e tenho meus atletas como inspiração de superação e dedicação no esporte”, finaliza Carla.

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